Como empoderar e não substituir o ser humano na era da inteligência artificial
Alexandre Oliveira, “digital natives” do Google Cloud, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha
A inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas, mudando a forma como trabalhamos, nos comunicamos e até mesmo nos divertimos. Se antes a IA parecia algo distante e restrito aos laboratórios de pesquisa e grandes corporações, hoje ela está ao alcance de todos. A utilização de IA em dispositivos móveis é um exemplo claro dessa democratização. Ferramentas como assistentes virtuais, filtros de imagem e tradutores automáticos já fazem parte da rotina de milhões de pessoas. Esse foi o contexto que Alexandre Oliveira, “digital natives” do Google Cloud, levou para a 2ª edição do Minas Summit, realizado recentemente pelo Grupo FCJ, Órbi Conecta e San Pedro Valley, em Belo Horizonte.
Além disso, segundo ele, a IA está profundamente integrada em serviços que usamos cotidianamente, como sistemas de recomendação de produtos e detecção de fraudes em transações financeiras. “Os modelos de score de crédito que bancos utilizam, muitas vezes, são alimentados por IA. Isso ocorre desde 1989”, explicou afirmou.
Na ocasião, Oliveira ainda ressaltou que, hoje, a alfabetização em IA pode trazer benefícios, capacitando indivíduos e empresas a aproveitar melhor as oportunidades oferecidas por essa tecnologia. No entanto, essa transição tecnológica não ocorre sem desafios. Segundo uma pesquisa da IBM, 120 milhões de pessoas nas 12 maiores economias do mundo precisarão ser retreinadas em IA nos próximos anos. Isso representa quase metade da população do Brasil, exemplificando a magnitude da tarefa. “As empresas precisam se preocupar em fazer essa alfabetização dentro de casa”, disse Oliveira, destacando a importância de iniciativas internas para capacitar funcionários.
Um exemplo inspirador é a abordagem do Ifood, que decidiu que todos os seus colaboradores deveriam aprender SQL, a linguagem de consulta para bancos de dados. “Se dados são essenciais para uma empresa que quer ser reconhecida como “AI First, todos precisam saber como adquirir e analisar esses dados”, explicou. Isso, na verdade, pode ser entendido como uma forma de valorizar o profissional humano, enquanto as “máquinas” fazem o trabalho de otimizar todo o processo.
Oliveira enfatizou a importância de usar a IA para empoderar tanto os negócios quanto os indivíduos. “Os humanos com IA substituirão os humanos sem IA”, disse, ecoando uma frase já bastante discutida, mas que ele acredita merecer reflexão. A adoção da IA não é uma opção, mas uma necessidade para manter a competitividade no mercado atual.
Além de melhorar a eficiência operacional, a IA pode abrir novas oportunidades de inovação e crescimento. Um dos principais benefícios que as empresas têm observado com a adoção da IA é o aumento da eficiência operacional. Segundo uma pesquisa do Google Startups Research, a maioria das empresas brasileiras que implementaram soluções de IA viram melhorias notáveis nesta área.
A eficiência operacional refere-se à capacidade de uma empresa em fornecer produtos ou serviços de maneira mais econômica, sem comprometer a qualidade ou o suporte. Em termos simples, trata-se de “fazer mais com menos”. “Quando começamos a ver a onda da IA generativa, imaginávamos que o maior benefício seria no desenvolvimento de novos produtos. Mas, na verdade, o maior valor tem sido na eficiência operacional, onde os resultados são mais rápidos e perceptíveis”, ressaltou Oliveira.
Além disso, a IA está revolucionando áreas como a gestão de conhecimento e o atendimento ao cliente. “Imagine uma base de conhecimento onde os funcionários podem interagir e obter respostas automáticas para suas dúvidas sobre políticas internas ou procedimentos”, exemplificou Oliveira. “Isso não só agiliza processos como também empodera os colaboradores, permitindo que eles se concentrem em tarefas mais estratégicas”.
À medida que mais empresas adotam essas tecnologias, a expectativa é de que a eficiência e a inovação continuem a crescer. Com a IA se tornando uma ferramenta indispensável para empresas de todos os tamanhos, o aprendizado contínuo e a adaptação rápida a novas tecnologias serão cruciais para manter a competitividade no mercado.
Alexandre Oliveira, “digital natives” do Google Cloud, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha
Minas Summit 2024 – A 2ª edição do Minas Summit foi realizada pelo Grupo FCJ, o Órbi Conecta e o San Pedro Valley nos dias 26 e 27 de junho de 2024. Entre os patrocinadores estão Anjos do Brasil, ArcelorMittal, Atlantic Hub, Azul Linhas Aéreas, Band Minas/Band News, Be Fly, Belotur/BH, Board Academy, CDL BH, CODEMGE/Governo de MG, Cotemig, CRA MG, Drummond, Eletromidia, Escalab, FGV, Framework, Gasmig, Grant Thornton, Grupo Anima – Una e Casa Uma, Huawei, Integração Ventures, Ops Team, Putz, Sucos Tial, Tik Tok e Yazo.
O Minas Summit 2024 superou todas as expectativas: foram mais de 10 mil participantes durante os dois dias, mais de 1,5 mil representantes de diversas startups de todo o Brasil e expectativa de mais de R$ 50 milhões gerados em novos negócios. Com cerca de 80 horas de conteúdo, 300 painelistas e 6 palcos simultâneos, o Minas Summit se consolidou como um dos maiores eventos de inovação do país.
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