Postado por Rafa Andrade em 10/07/2023

Mobilização e colaboração são chaves para o fomento do ecossistema em Minas

Representantes de organizações de fomento da inovação no estado falam sobre a importância de um trabalho coletivo e que envolve os diferentes atores da cadeia

Minas Summit

O palco do Minas Summit, encontro de inovação realizado pela FCJ Venture Builder e o Órbi Conecta, no dia 30 de junho, no Minascentro (BH), foi diverso, assim como é diversa a cadeia de inovação. Além de representantes de startups, grandes empresas e da academia, estiveram presentes executivos de organizações fomentadoras, como aceleradoras, hubs de inovação e o próprio governo. 

No painel sobre o tema do fomento à inovação, duas ideias ganharam destaque: mobilização e colaboração. Em suas falas distintas, os participantes deram seu recado sobre a importância de cada ator assumir seu lugar para fazer acontecer o ambiente de inovação em Minas Gerais.

Legenda: Paulo Justino, CEO da FCJ Venture Builder, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha
Legenda: Paulo Justino, CEO da FCJ Venture Builder, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

A principal provocação do debate veio de Paulo Justino, fundador da FCJ Venture Builder. Ele perguntou aos participantes da mesa sobre o futuro da inovação no estado: “Se a gente tivesse o poder de fazer uma profecia autorrealizável para que o ecossistema cresça nos próximos três anos, qual seria?”.

Silvana Braga - Foto: Glaucimara Castro
Silvana Braga – Foto: Glaucimara Castro

A CEO da Fumsoft, Silvana Braga, começou respondendo que esse futuro passa pela manutenção de eventos como o Minas Summit. “Não podemos deixar esse evento morrer”, disse. E completou com a ideia de colaboração: “A gente efetivamente colabora pouco um com o outro. Então, uma boa iniciativa é: peguem um parceiro e façam um projeto com ele até o fim do ano. A gente precisa ser mais intencional, parar de olhar pra gente mesmo e escolher uma organização para fazer inovação junto”, disse.

João Zica, CEO do Raja Ventures, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha
João Zica, CEO do Raja Ventures, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

O CEO do Raja Ventures, João Zica, também falou sobre a importância do movimento pela inovação voltar a acontecer de forma mais frequente e consistente em Belo Horizonte. “Por muito tempo vimos várias iniciativas individuais serem lançadas, mas em determinado momento as coisas começaram a se desconectar por motivos diversos, entre eles a pandemia. Mas, três anos depois estamos voltando com toda força e temos que apoiar e incentivar cada vez mais esse movimento”, disse.

Legenda: Renata Horta, CEO da TroposLab, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha
Legenda: Renata Horta, CEO da TroposLab, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

Já a CEO da TroposLab, Renata Horta, trouxe uma perspectiva diferente para esse futuro da inovação no estado, chamando a atenção para uma mobilização que vai além das próprias empresas e pensa a sociedade como um todo. “Temos que pensar também na apropriação tecnológica porque não adianta investir em tecnologia se o cliente não vai conseguir usar. Teremos que trabalhar com as questões da desigualdade de acesso à tecnologia e com educação tecnológica”, frisou.

Legenda: Pedro Vaz, superintendente de inovação do Governo de Minas, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha
Legenda: Pedro Vaz, superintendente de inovação do Governo de Minas, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

O superintendente de inovação do Governo de Minas, Pedro Vaz, destacou que cada ator que integra essa cadeia tem um papel diferenciado e importante, seja na captação de recursos, na formação de talentos, no desenvolvimento das startups ou na oferta de uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento delas. Mas, para ele, independente das organizações, é preciso um senso mobilizador que passa pela iniciativa das pessoas, de maneira individual.

“Instituições de fomento são importantes, mas elas são o meio. Vocês é que são o fim. Para construir o futuro da economia mineira, vocês empreendedores, executivos e todos que estão aqui são essenciais. Fazer algo dessa magnitude é complexo, ninguém vai fazer sozinho, então colaborar é essencial”, afirmou.

Para Justino, o caminho para essa mobilização e colaboração passa pela ideia de propósito. “Quando falamos em fazer e fomentar inovação, a questão não é fazer por responsabilidade, mas por propósito. Até porque responsabilidade mesmo eu tenho com meus pais, filhos e netos. Mas, quando você faz por propósito, a obrigação passa a ser um direito”, finalizou.

A 1ª edição do Minas Summit foi realizada pela FCJ Venture Builder e Órbi Conecta, patrocinada por Framework, Board Academy, Zendesk, Yazo, Grant Thornton, SEBRAE, Codemge, Governo de Minas Gerais, Minascentro e Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2024 tem mais. A 2ª edição do Minas Summit acontecerá nos dias 28 e 29 de junho, no Minascentro, no Centro da capital mineira. Acompanhe mais informações por meio do site www.orbi.co e www.sanpedrovalley.org.br. Se você é integrante do ecossistema de inovação de Belo Horizonte, não deixe de se cadastrar nos portais. Fonte: www.orbi.co

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